Responsável por criar e indicar a presidência e a relatoria da comissão, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu mais um exemplo de sua influência polÃtica em relação ao tema na quinta-feira 14. Junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), Cunha pressionou o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) a alterar seu parecer apresentado dois dias antes, que não agradava a cúpula do PMDB. A pressão dos caciques do partido surtiu efeito e o relator se rendeu à s mudanças sugeridas, alegando que as alterações eram “para facilitar a tramitação do parecer nos plenários da Câmara e do Senadoâ€.
Segundo o presidente da Câmara, a pressa existe para que as alterações possam valer já a partir das próximas eleições, em 2016. No entanto, entidades interpretam o gesto de Cunha como uma forma de impedir que propostas da sociedade civil ou de outros partidos sejam apreciadas, ou que o Supremo Tribunal Federal consiga destravar o julgamento sobre o financiamento de campanha antes que a Câmara legisle sobre a questão.
Após ser aprovada pela Câmara, a reforma ainda será debatida no Senado Federal.
Servidor público municipal, acadêmico de Direito,
jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador
da Agência Gama Comunicação e
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