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Empresário morto em Autódromo: veja como está a linha de investigação


O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil de São Paulo realizou uma coletiva de imprensa, na última sexta-feira (18), detalhando a nova linha de investigação sobre a morte do empresário Adalberto Amarilio dos Santos Júnior, de 36 anos. O homem foi encontrado morto dentro de um buraco no Autódromo de Interlagos no dia 3 de junho.

De acordo com a polícia, há uma lista com cinco suspeitos, mas um deles não foi localizado, sendo cumprido apenas quatro mandados de busca. Em coletiva de imprensa, foi informado que dois deles, seguranças do Autódromo, tiveram os nomes ocultados na lista apresentada previamente pela empresa responsável por garantir a segurança do evento.

Os dois nomes não divulgados pertencem a indivíduos que atuam em cargos de comando na segurança do festival. A polícia disse que teve acesso a esses nomes através dos depoimentos, pois eles relataram que tinham a tutela dos dois investigados.

“Os dois tinham poder de decisões. Eles eram coordenadores daquele turno. É como se fosse um intermediário entre a empresa contratante do evento e a empresa de segurança”, informou Ivalda Aleixo, diretora do DHPP.

A polícia conseguiu localizar um desses representantes e três pessoas ligadas à segurança.

Lutador de Jiu Jitsu

Entre aqueles que foram até a delegacia para prestar depoimentos, um homem foi identificado como Leandro de Tallis Pinheiro. Leandro foi preso após encontrarem munições em sua casa.

O suspeito é lutador de Jiu jitsu e tem passagens pela polícia por associação criminosa, ameaça e lesão corporal, além de uma por furto em 2012. As investigações analisaram que, “estranhamente, o segurança lutador de artes marciais não voltou para trabalhar no dia seguinte”.

O secretário-executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, disse que é prematuro afirmar que Leandro é o principal suspeito pela morte do empresário. O homem foi liberado após pagar fiança.

A CNN tenta contato com a defesa de Leandro Pinheiro para mais informações.

Nenhum outro foi preso

Nenhum dos outros suspeitos que compareceram à delegacia foram presos. De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rogério Thomaz, por enquanto, só foram feitas medidas de busca.

Por orientação técnica da defesa, nenhum deles prestou depoimentos neste momento. Os advogados querem ter acesso à medida cautelar e às argumentações policiais, para que os investigados prestem as declarações na sequência.

Objetos apreendidos

De acordo com o secretário-executivo de Segurança Pública, Nico Gonçalves, no total foram apreendidos sete aparelhos celulares e cinco computadores.

A polícia agora segue para analisar os aparelhos eletrônicos coletados: “Agora a investigação será de forma técnica, que comprove de fato quem são os autores e quais as participações de cada um”, informou o delegado.

A DHPP ainda afirmou que os celulares dos seguranças apreendidos durante a operação chegaram completamente apagados, o que pode indicar tentativa de ocultar provas.

Empresário não chegou até o carro

Ivalda Aleixo afirmou anteriormente que o empresário não chegou até o veículo em que estava no estacionamento.

Quando os agentes encontraram o carro do empresário, a perícia detectou a presença de manchas de sangue humano em partes do automóvel. Também na coletiva, a polícia informou que o sangue é anterior aos fatos.

 

*Sob supervisão de Pedro Osorio



Fonte: CNN Brasil

Rubem Gama

Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

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