Primeiro-ministro da Mongólia renuncia quatro meses após assumir o cargo
O primeiro-ministro da Mongólia, Gombojav Zandanshatar, renunciou após perder o apoio do Parlamento do país, informou a mídia estatal chinesa nesta sexta-feira (17), deixando o cargo após assumi-lo há apenas quatro meses.
Os parlamentares votaram nesta sexta-feira pela demissão de Zandanshatar, ex-ministro das Relações Exteriores e presidente do Parlamento, após uma reunião, segundo a agência de notícias oficial chinesa Xinhua.
O político de 55 anos foi confirmado como o 32º primeiro-ministro do país em junho, após a renúncia de seu antecessor, Luvsannamsrai Oyun-Erdene, também após perder o apoio parlamentar devido a denúncias de corrupção e protestos de rua.
Espera-se que Ukhnaa Khurelsukh, chefe de Estado e presidente da Mongólia desde 2021, nomeie o próximo primeiro-ministro, o que exigirá a aprovação do Grande Khural do Estado, ou Parlamento.
A política mongol tem sido abalada por ondas de volatilidade nos últimos anos, em meio à indignação pública com a corrupção e a fragilidade da economia doméstica.
A demissão de dois primeiros-ministros em poucos meses também gerará incerteza sobre a continuidade das políticas e minará o sentimento dos investidores em relação ao país rico em recursos.
No início deste mês, o Banco Mundial reduziu sua previsão de crescimento econômico da Mongólia em 2025 para 5,9%, ante 6,3% em abril, citando preços mais baixos do carvão, incerteza no comércio global, além de inflação elevada e salários estagnados.
O produto interno bruto da Mongólia cresceu 4,9% em 2024.
Fonte: CNN Brasil