Destaques

Câmara aprova medidas que revisam gastos do governo


A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (29), o texto-base do projeto sobre bens e imóveis que incluiu medidas fiscais sugeridas pelo governo. A proposta retomou trechos da medida provisória de alternativas ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

Com a aprovação do texto-base, os deputados passa à apreciação dos destaques que propõem alterações a trechos do texto.

O relator, deputado Juscelino Filho (União-MA), incorporou em seu parecer inseridos como “jabutis fiscais” — no jargão legislativo. A estratégia foi acordada com o governo após o Congresso deixar a MP sobre o tema perder validade sem ser votada.

Inicialmente, as medidas de cortes de gastos seriam incluídas no projeto que tratava da punição para a falsificação de bebidas. O governo, no entanto, mudou de ideia e acordou que as mudanças fossem inseridas na proposta relatada por Juscelino Filho.

O projeto original trata da criação do “Regime Especial de Atualização e Regularização Patrimonial (Rearp)” para atualização, por pessoa física, do valor de bens móveis e imóveis adquiridos com recursos de origem lícita e localizados no território nacional.

As medidas de corte incluem:

  • Inclusão do Pé-de-Meia no piso constitucional da educação;
  • Limitação do seguro-defeso, pago aos pescadores, à dotação da Lei Orçamentária Anual;
  • Redução do prazo de concessão do auxílio-doença por análise documental (Atestmed);
  • Limitação da compensação financeira (Comprev) entre o Regime Geral de Previdência Social e os regimes de previdência dos servidores dos entes federados.

O texto estabelece ainda a restrição de compensações tributárias do PIS (Programa de Integração Social) e da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), quando não houver relação direta com a atividade da empresa ou com base em documento de arrecadação inexistente.

Preço de imóveis

Sobre a atualização dos preços de bens e imóveis, o relator afirma que a atualização permitirá fazendo com que a base de cálculo do imposto “se aproxime da realidade econômica” e torne o sistema mais justo. A possibilidade valerá inclusive para bens situados no exterior.

“A legislação vigente, ao desconsiderar os efeitos da inflação ao longo de décadas, leva à tributação de um ganho de capital fictício, que nada mais é do que a mera reposição do poder de compra da moeda”, justificou.



Fonte: CNN Brasil

Rubem Gama

Servidor público municipal, acadêmico de Direito, jornalista (MTB nº 06480/BA), ativista social, criador da Agência Gama Comunicação e do portal de notícias rubemgama.com. E-mail: contato@rubemgama.com

Deixe uma resposta